O atraso nas obras do aeroporto de Dourados na gestão do ex-prefeito Alan Guedes será investigada pelo Procurador da República, Caio Hideki Kusaba. Ele abriu investigação para apurar os motivos do atraso, cujas atividades estão suspensas desde maio de 2021. Após quase quatro anos, o terminal permanece fechado para voos comerciais, gerando prejuízos à população e à economia local.

A reabertura do aeroporto foi novamente adiada devido a problemas identificados nas instalações, como  irregularidades no sistema PAPI (Precision Approach Path Indicator), instalado na cabeceira 24 da pista, que orienta a aproximação das aeronaves; Infiltrações no terminal de ageiros.

As obras foram conduzidas pela Prefeitura de Dourados com financiamento de recursos federais, e parte delas foi executada pelo Exército Brasileiro. Recentemente, a gestão do aeroporto foi transferida para a Infraero.

A investigação busca esclarecer as razões do atraso e identificar responsáveis. A Prefeitura de Dourados e a Infraero serão notificadas para apresentar informações sobre as falhas e o cronograma das obras.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também será acionada para detalhar o andamento do processo de homologação e informar se haverá necessidade de uma nova vistoria no aeroporto antes da liberação para voos comerciais.

No final de 2024, o ex-prefeito Alan Guedes (PP) realizou uma 'inauguração' simbólica das obras, embora o aeroporto ainda não estivesse pronto para operações comerciais. Atualmente, a pista atende apenas voos privados de pequeno porte.

Com o aeroporto fechado, os moradores de Dourados enfrentam longas distâncias para ar a aviação comercial. As alternativas mais próximas incluem:  Ponta Porã (100 km); Campo Grande (230 km); e cidades no interior do Paraná e São Paulo.

O Ministério Público Federal segue acompanhando o caso para garantir que o aeroporto seja finalizado e colocado em operação o mais breve possível.