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"Fomos raptados", dizem ativistas em navio interceptado por Israel 3d3cx
Grupo a bordo do Madleen pede ajuda internacional 5d381m
Publicado em: 09/06/2025 | JOANA RAPOSO SANTOS - RTP 1a5w
A Marinha israelita interceptou o navio Madleen, que transportava ajuda humanitária para Gaza e levava vários ativistas a bordo, entre os quais a sueca Greta Thunberg. A embarcação encontra-se agora num porto de Israel. Os ativistas garantem ter sido raptados e pediram apoio aos governos dos seus países, mas Benjamin Netanyahu garante que estão a 'encenar uma provocação midiática'.
O navio, que transportava 12 ativistas ses, alemães, brasileiros, turcos, suecos, espanhóis e holandeses, partiu de Itália dia 1º de junho com a intenção de 'quebrar o bloqueio israelita' a Gaza, onde a ajuda humanitária é cada vez mais escassa.
Na noite de domingo, a Coligação da Flotilha da Liberdade, que cedeu o barco, disse numa rede social ter perdido o contato com a tripulação depois que ela foi 'abordada' pelo exército israelita.
'Se virem este vídeo, fomos interceptados e raptados em águas internacionais', disse a ativista sueca Greta Thunberg num vídeo pré-gravado e posteriormente partilhado pela Coligação da Flotilha da Liberdade, movimento internacional de apoio à Palestina lançado em 2010.
Desvio 3k1j5t
Israel não especificou o local onde o navio foi interceptado, mas o Ministério da Defesa disse que a embarcação foi desviada para o porto de Ahsdod, um importante porto comercial no sul de Israel, não muito longe de Gaza.
'Espera-se que os ageiros regressem aos seus países', declarou o Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros em comunicado, divulgando ainda imagens que mostram comida e água a serem distribuídas aos ageiros do barco, equipados com coletes salva-vidas.
O Irã foi um dos primeiros a condenar a interceptação do navio, descrevendo-a como um ato de pirataria. Já a Turquia criticou o que chamou de ataque odioso que considerou uma 'violação flagrante do direito internacional'.
A França disse, por sua vez, querer 'facilitar' o 'rápido regresso à França' dos seis cidadãos que se encontravam a bordo da embarcação.'
Provocação midiática 1k3j3k
O navio com ajuda humanitária aproximou-se de Gaza no domingo, depois de chegar à costa egípcia, contrariando os avisos lançados por Israel. Na rede social X (antigo Twitter), os ativistas apelaram aos governos dos respectivos países para que os protegessem.
Além de Greta Thunberg, o navio transportava também a eurodeputada franco-palestinna Rima Hassan.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou esta segunda-feira 'Greta Thunberg e os outros de tentarem encenar uma provocação midiática com o único objetivo de fazer publicidade a si próprios'.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, frisou que 'o Estado de Israel não permitirá a ninguém que viole o bloqueio marítimo de Gaza, cujo principal objetivo é impedir a transferência de armas para o Hamas, uma organização terrorista assassina que mantém os nossos reféns e comete crimes de guerra'.
A população de Gaza está cada vez mais desesperada por ajuda humanitária, numa altura em que o cerco imposto por Israel impede a chegada de bens essenciais a milhões de pessoas.
Têm também ocorrido cada vez mais ataques juntos a centros de distribuição de ajuda, demovendo os palestinos de se deslocarem até esses locais.
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