Idosa é condenada a 17 anos de prisão por envenenar e esquartejar o marido h3j19

Aos 64 anos, Aparecida Graciano foi julgada pelo crime, cometido em maio de 2023 675a6b

Publicado em: 11/06/2025 | SILVIA FRIAS / CAMPO GRANDE NEWS 2s5t35


Aparecida presta depoimento durante julgamento realizado em Três Lagoas (Foto/Reprodução)

Aparecida Graciano de Souza, 64 anos, foi condenada a 17 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, por ter envenenado e esquartejado o marido, Antônio Ricardo Cantarin, em crime ocorrido em maio de 2023, em Selvíria, a 400 quilômetros de Campo Grande. Além disso, a dona de casa foi condenada a pagar R$ 10 mil por danos.

RESUMO

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O julgamento foi realizado nesta terça-feira, na 1ª Vara Criminal de Três Lagoas e terminou às 18h30.

O juiz Rodrigo Pedrini Marcos, que presidiu a sessão, leu a sentença de condenação, com pena de 12 anos de prisão pelo homicídio, tendo como agravante o fato de ter usado veneno e simulação, com esquartejamento do corpo, que foi jogado em rodovia de Selvíria. Com isso, a pena foi elevada para 16 anos e 4 meses de reclusão. A dosimetria da pena levou em consideração, como atenuante, a confissão do crime.

A pena ainda foi elevada em 1 ano e 10 dias-multa pela ocultação de cadáver, sendo finalizada em 17 anos e 4 meses de reclusão, para ser cumprida em regime fechado, mesmo sob recurso.

Aparecida Graciano foi presa no dia 26 de maio de 2023. Um dia antes, a Polícia Civil tinha encontrado perto da BR-158, área rural de Selvíria, o tronco de homem, dentro de uma mala. A equipe já havia recebido a denúncia de vizinhos de Antônio, preocupados como sumiço dele.

Inicialmente, ela negou o crime, mas, depois confessou. A tese da defesa é que o crime foi cometido depois que a idosa soube que era constantemente estuprada quando estava inconsciente, por conta da embriaguez.

Esses abusos teriam começado a partir do sexto mês de relacionamento, quando ela ou a sentir dores no reto e na garganta, além de apresentar hematomas. Justificou não ter procurado um médico por medo de receber diagnóstico de câncer — doença comum entre seus familiares.

Em maio de 2023, dias antes do crime, notou hematomas nas costas. Disse que, em certo momento, o marido resolveu confessar o que fazia, itindo os estupros e afirmando que a lesão ocorreu quando a empurrou perto da porta. “Ele falou que, se eu me separasse, ia mandar alguém atrás de mim, ia me matar, matar meus filhos, meus netos', contou, chorando.

A acusação, no entanto, alegava que ela tinha interesse financeiro, já que cuidava dos bens do marido.



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